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quarta-feira, 4 de abril de 2012


Dá pra valer a pena quando não se tem motivos. Ser simples ou composto nos aspectos diários é que é o difícil. Eu afirmo ou duvido se realmente sou protagonista ou antagonista da história. Ser inimigo de mim mesmo é complicado, pois sei tudo sobre mim. É como uma luta contra o espelho, posso golpeá-lo, mas receberei da mesma forma com pontos de fraqueza. É bom desistir, pois quebrar a cara não tem a menor graça, principalmente se o assunto em questão seja nós mesmos. Desistir para quê, se temos massa cinzenta em nossas cabeças ocas. O problema é que nem isso funciona. Uma dica: Para vencer nós mesmos, basta reconhecer quem somos. Simples, curto e direto, agora cale a boca e saia daqui, ou tenha orgulho do que você é. Eu não sou o príncipe encantado, até porque de princesas o mundo não tem graça. E mais um lembrete, sou tudo e não sou nada, só sei que sou um anti-herói e me traga um pouco de bebida, porque a noite vai ser maravilhosa. Fuck you!

- Ninguém está aqui para ser exatamente perfeito.


Doces são as minhas palavras quando digo algo e, esse algo é duvidoso. Se não acredita, não deve crer que acima há nuvens. De uma coisa eu sei, eu sou extremamente mau. É incrível como somos loucos, e dessa loucura, a minha é a pior. Foi como a dois meses atras uma pessoa me disse - Fernandes, você não presta. Exato! Eu não presto assim como não nasci para ser o exemplo da família.

Como saber se o meu sorriso é verdadeiro? Tenha personalidade, ou procure no dicionario a palavra IGNORÂNCIA. Sou falso, se assuste, ou me aceite. Todos somos aquilo que tememos, (para aqueles que temem Deus), se eleve, pois você é um. Enfim, deixemos as baboseiras de lado e vamos ao que interessa. Já que é típico achar minha inocência tão frágil e não acreditar quando critico meus melhores amigos.

Cara, você é chato... você é ciumento... você é... você... VOCÊ É O MAXIMO. Maximo em quê? Dispenso qualquer tipo de elogio, pois não acredito em qualidades. Os nossos heróis morreram, e hoje apenas crianças brincam de poder. Quem era Cazuza pra dizer que o tempo não para... Estamos presos numa época em que Deus vai salvar os "bonzinhos", que príncipe encantado virou cafetão e que amor proibido virou perdão... Era hoje que o ontem não significou nada. E esse nada significou muita coisa pra alguém. Pena esse "Alguém" não ter existido. 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Entre laços de beleza e estética


A boa e velha auto-estima nos motivou durante anos à procura de nossa aceitação. Beleza e estética trouxeram consigo, atributos ao homem contemporâneo, criando nossa querida vaidade, tão malvada e pecaminosa que com sua audácia, tortura-nos e satisfaz. Essa obsessão pelo perfeito, detalhado e casual sempre esteve impregnado em nossos anseios. Somos obcecados por essa busca incansável. O belo é extenso, e nos mostra o abstrato dos casos. Olhamos no espelho uma imagem inédita, refletida de mudanças conceituadas. Chegamos a nos odiar, temer e enojar nossos aspectos fisionômicos. Quem seria aquele?...

Não nos aceitamos em medidas convincentes. Demoramos, mas não entendemos o caso que nos persegue. Confundimos muitas vezes, beleza com estética. Ambas remetem nossa fisionomia, nossa personalidade, mas o que muitos não sabem, é que passamos longe da visão central. A estética, nada mais é do que o teor de nossa carne; os músculos, cabelo, dentes, etc. Ela representa tudo aquilo que podemos aperfeiçoar como acharmos conveniente.

Mas onde se encontra as soluções? Seria a beleza a pobre coitada que tanto sofre pelos abusos extremos de nossas insânias. Contudo, a beleza se importa além de nossas carcaças ocas. Somos belos e perfeitos. Impomos então um basta nesse assunto. Viva com a certeza de que além de um rostinho bonito, se encontra a mais feia criatura que possa imaginar. Eleve os casos e situe a beleza acima de tudo.

Sou hipócrita por amar a beleza, mas sou tão convencido de minhas heranças hereditárias, que excluo charmes e perfeccionismo. Sou um feio, imperfeito, carrancudo e o pior do vermes. Não ame o externo, pois existe um interno esperando sua aceitação. E ainda vai me amar por eu ser feio?

Lindo amor


Talvez. Só talvez um dia perceba. Amamos a cada instante, nos intensificamos por cada abraço, beijo e sorriso... Sim, amar o essencial é sempre necessário. Muitas vezes não se é correspondido, nem mesmo conseguimos amar sem ter alguém para ser amado. O desespero aperta, a consciência pesa... Perdemos o maldito juízo, e somos capazes de matar aqueles que realmente amamos. Chegamos em tal ponto por tamanho sentimento. Seria amor, ou apenas falta, rejeição e ausência? Porém, isso sinaliza tudo, menos amor. Agora eu pergunto: O paraíso existe? Realmente eu não sei. Talvez... O amor dirá... Ou não.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Alegrias passadas

Foi levado na paz do meu amor, carregado aos longos montes do amanhecer. 
Eu possuía o dia, a noite e o entardecer. 
Amei enquanto nossas vidas juntos iam além do abraçar, 
Aos campos dos lindos desejos, me via a cantar. 


Eu pedi ao gênio da meia noite,  ver a lua, ver o sol, 
Quero ver meu amor mais uma vez, 
Apenas aquela ultima vez seria suficientemente grato a viver em constante paz do meu querer. 
Quantos as borboletas de minhas alegrias, 
Elas tingiam a purpura beleza das flores campais.


E assim voei nas imensas estrelas do universo em busca do noitecer, 
Tudo o que encontrei foi a ofegante iluminação do agradecer...  
Eu vi, tudo aquilo que poderia ter, não era apenas um amor qualquer, 
Era a essência de nossos desejos representados por cada beleza celestial. 
Entre as galaxias do viajante sem asas, 
Pensava afim de encontrar os beijos teus. 
Seja eternidade de um Deus, 
Jogo-me aos braços do seu paraíso eterno. 
Quero dormir e nunca mais acordar, 
O sonho nada mais foi do que belo destino que um dia iria acabar.


Tudo era nada mais além que as cinzas de meus poemas... 
Eu cantei, sobre os montes do bardo redentor, 
Nada me alegrou ainda mais do que as borboletas ao meu redor. 
Foram amadas não pelo belo olhar dos elementos, 
Mas pelos amores atentos. 
Eu chorei, chorei na imensa cor azul, que derramava sobre minhas mãos afugentadas de meu senhor. Deus me fez existir. Pedi para que me fizesse feliz. 
Montanhas para se admirar, borboletas para sobrevoar e meu arfar,
Tão fraco como a tristeza do meu olhar... 
Elas morreram sorrindo no terceiro dia de suas paixões, 
Nada melhor do que lembrar das fotos de nossas antigas alegrias sonegado em pura ilusão. 
Eu fui feliz, feliz como Deus me fez ser.
E nada mudou, tudo não passou de um sonho, aos braços do meu senhor.

Antonio Fernandes


sábado, 24 de setembro de 2011

Mergulhos de perdão

Foram nelas as entranhas apocalípticas que me levavam a chorar, era uma besta-fera repugnante que teimava em me admirar. Assustava-me aos olhos das sete cabeças monstruosas em debochar-lhe. Temia não por medo, mas por imunidade entre a fraqueza que me encontrava lá. Foste no temido meu eu que despertava pela perda insaciável de um luto infernal espeço ao ar, era então, sobre a pele que tocara ao violino da noite sem luar.

Eras tu um belo Varão de pecados que questionava a demonstrar, temia-me por acabar, não na luz, mas naquelas trevas que escondiam a própria escuridão do meu feito carpar. Entre a solidão de minha própria companhia via ela sobre as montanhas que iam. Me traístes pelo desejo de liberdade, abandonai-me para uma longe derrota de meu eu que acabara de me levar, vamos com ela e assim acabar... Eram noventa mil caídos sobre minhas vestes. 

Enquanto naquela paralisia inconstante que me levava ao desamparar dos sons de um silencio profundo da alma, exclamava eu a ti... Mas no ultimo degrau de minha morte, ainda estávamos interligados no remoto corpo que ainda iria receber, aclamava-nos então o ódio que teríamos de reter. 

Aquela perfeição era dada pela minha própria honra, levais contigo não os pesadelos, nem os ódios, pois com esse levo eu. Darei-te não a maldição, mas um beijo de adeus, por uma inconstante solidão entre a fera que me chamavas ao encontro do rei. 

Assim tu não levou nem meu ultimo olhar de paixão, mergulhava meus sacrifícios, ao encontro do perdão. 

Antofer Athon Leorne



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Partidas

Eu nunca desejei partir, mas talvez um dia não será escolha, e sim necessidade. Não fostes um pensamento egoísta, mas só levaria a mim quem amei, quem me apeguei e tudo nada além de belos desejos que sempre afamei. 


Não levaria amigos, pois não diria pelo fato de abandonos, pois as condições fora apenas uma parte das lembranças que em parte levei sempre a desejar. Como disse num outono profundo e distante, nunca os deixarei, pois meus pensamentos estão eternizados entre os sonhos que sempre debochei por parte minha, daqueles caprichos desnecessários que sempre me idolatravam nos caminhos a percorrer.

Não diria Adeus, mas diria um Em breve, pois assim como a luz um dia apaga, ainda há de acender como uma chama ofuscante que engloba os teus pensamentos nos meus. 



Antofer Athon Leorne