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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Velório Eterno

Deliciei-me nas noites sem lua, eram nuvens negras ao redor dos meus desejos. Tomava eu aquele vinho litoral, com um desejo de um perfume especial, chamando aquela brasa que esquentava e maltratava, queimava a alma, ardia o tão respeitável desejo que jaz da terra insurgida, era um castelo considerado de ouro negro. Digo que aqui não ressurge das sombras algo normal, era impaciente o que pensava ser do mal. 

Luxos jamais tive, com o delicioso sangue entre a noite eterna que aqui ainda vivo, permaneço em um glorioso estabelecer de mortos em minha volta, pois a morte nunca retorna. Sou um monstro ou um romântico perdido na própria recitação. Fui sempre tão belo e esbelto que nunca duvidei de meus charmes, sempre tive uma luxuria devastadora, mulheres e homens sobre mim por todo o obsequio, mas que esteja sempre sem vestígios. Foi o que sempre pedi para minha vida, alguns corvos sobre o meu teto, um belo gato muito discreto, mulheres e homens a desejar e assim continuar o infortúnio de meu velório que nunca irá acabar.

Antofer Athon Leorne



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