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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Entre laços de beleza e estética


A boa e velha auto-estima nos motivou durante anos à procura de nossa aceitação. Beleza e estética trouxeram consigo, atributos ao homem contemporâneo, criando nossa querida vaidade, tão malvada e pecaminosa que com sua audácia, tortura-nos e satisfaz. Essa obsessão pelo perfeito, detalhado e casual sempre esteve impregnado em nossos anseios. Somos obcecados por essa busca incansável. O belo é extenso, e nos mostra o abstrato dos casos. Olhamos no espelho uma imagem inédita, refletida de mudanças conceituadas. Chegamos a nos odiar, temer e enojar nossos aspectos fisionômicos. Quem seria aquele?...

Não nos aceitamos em medidas convincentes. Demoramos, mas não entendemos o caso que nos persegue. Confundimos muitas vezes, beleza com estética. Ambas remetem nossa fisionomia, nossa personalidade, mas o que muitos não sabem, é que passamos longe da visão central. A estética, nada mais é do que o teor de nossa carne; os músculos, cabelo, dentes, etc. Ela representa tudo aquilo que podemos aperfeiçoar como acharmos conveniente.

Mas onde se encontra as soluções? Seria a beleza a pobre coitada que tanto sofre pelos abusos extremos de nossas insânias. Contudo, a beleza se importa além de nossas carcaças ocas. Somos belos e perfeitos. Impomos então um basta nesse assunto. Viva com a certeza de que além de um rostinho bonito, se encontra a mais feia criatura que possa imaginar. Eleve os casos e situe a beleza acima de tudo.

Sou hipócrita por amar a beleza, mas sou tão convencido de minhas heranças hereditárias, que excluo charmes e perfeccionismo. Sou um feio, imperfeito, carrancudo e o pior do vermes. Não ame o externo, pois existe um interno esperando sua aceitação. E ainda vai me amar por eu ser feio?

Lindo amor


Talvez. Só talvez um dia perceba. Amamos a cada instante, nos intensificamos por cada abraço, beijo e sorriso... Sim, amar o essencial é sempre necessário. Muitas vezes não se é correspondido, nem mesmo conseguimos amar sem ter alguém para ser amado. O desespero aperta, a consciência pesa... Perdemos o maldito juízo, e somos capazes de matar aqueles que realmente amamos. Chegamos em tal ponto por tamanho sentimento. Seria amor, ou apenas falta, rejeição e ausência? Porém, isso sinaliza tudo, menos amor. Agora eu pergunto: O paraíso existe? Realmente eu não sei. Talvez... O amor dirá... Ou não.