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sábado, 9 de julho de 2011

Dor da Duvida.


Passei a noite em claro me perguntando como poderia tal demência me fazer errar tão repentinamente, tentando encontrar a resposta para algo tão anormal que jamais veio ao meu conhecimento sublime que ausenta de sentimentos totalmente indecifráveis.

Tentei caminhar um pouco, sentir a demência aprofundar mais nas respostas que não me revelavam entre a angustia dolorosa de errar algo tão obvio que não me indicava caminho algum, fui andando, andando e parei, notei que mesmo quando ainda paro, a mente transmite milhares de informações desnecessárias que não importam a real razão de ter cometido tamanha burrice.

Sou um fracasso mesmo!! digo isso porque, quem já se viu alguém poder errar em algo tão fácil e ainda assim estar vivo se alto consumindo nesse mundo cheio de mentiras que não se desmascaram, com pessoas insuportáveis que não se destroem, levando-me ao desespero da fuga, sim essa é a unica opção fugir de minhas próprias duvidas e mentiras, o suicídio dos meus sonhos indecifráveis que jamais serão lembrados novamente por mim, mesmo assim o lixo ainda vai estar impregnado nas minhas entranhas da própria solidão, preenchendo o vazio que abri dentro desse coração tão teimoso por respostas inexistentes, caindo novamente nessa ilusão perturbadora que nunca acaba...

Mas o conhecimento começa a fluir entre meus podres neurônios que não me dizem o certo e apenas o errado, mas por que tu me enganas pequena massa cinzenta que não vive sem um corpo? Por que teima com esse coração velho e frio que sempre quis dizer a ela o certo? simples sua tola, sempre queria ganhar perante todos porque é uma fracassada, sempre teimando e negando seus próprios sentimentos, fechando-se para a verdade impregnada na sua cara, pois era apenas o único sentimento que tive por ela e você o destruiu...

Apenas um amor que poderia ser gerado pelas próprias palavras que não te fazem ser inferior a ninguém, sua burra e fracassada mente, sempre duvidou e acabou... agora vá e morra, pois o coração mesmo frio ainda consegue bater alguns sentimentos dentro de si, mas o suicídio ainda fala alto, porque tu fracassou na unica possibilidade de sermos felizes, pense e produza o movimento da própria morte, pegue essa faca e crave nesse coração que já não vive aqui e sim morreu por uma escolha tão fútil, encrave até que a alma peça perdão pelos próprios erros por ter errado no destino.


Antofer Athon Leorne.




Angustia.







Na calada noturna, deleito-me neste teu corpo delicado e gelado, sentindo o desespero de poder te perder, experimentando da mais angustiante paz que poderia conquistar, revelando-me entre o abismo escuro e sem fim que não me deixa se ausentar.

Olho para o relógio esperando a meia-noite chegar, para finalmente poder me deliciar nesse seu corpo morto que me chama para os desejos inescrupulosos da carne, cegando-me com esse seu sangue delicioso e envenenado, com toda a angustia carregada por ti...

Dá-me esse seu sangue, esse maldito sangue envenenado que me atrai e hipnotiza por horas ao seu lado, deixe-me bebe-lo para que entale na minha garganta e eu sinta a pertubação constante nas minhas veias, impregnando todo o sofrimento nessa carne fraca que é a minha. 

Cochichando em poucas palavras que se calam no passar dos minutos, consumindo-me rapidamente nesse teu delicioso néctar abominável e inquietante, desejado por todos os vampiros ausentes de sentimentos, querendo apenas uma gota sua, para que sinta o maior arrependimento que fizeram, abrir mão da própria alma, dando para o tenebroso senhor das trevas, que nesse momento se delicia alimentando de todo seu conhecimento carnal... 

Depois da experiencia, veio a pratica, que no ultimo minuto falo pra mim mesmo, que a dor não existe preço, pois o delicioso sabor de teu sangue me fez sentir único, paralisando-me assim eternamente, deixando a alma se perder durante a ilusão insaciável que a realidade nos oferece, glorificando o maior desejo que sempre tive por você, de poder morrer ao seu lado, usufruindo dos prazeres por um corpo sem alma... 

Antofer Athon Leorne.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Frio.

Estava eu ali, pensando em você.

Me pergunto como pode suportar tanta dor?

Como será que suporta esse vazio, essa sensação terrível que assombra e não nos deixa...
Este branco quase transparente, que não consigo ver, esse sentimento pesado que não retiro de mim mesmo porque ele congelou.

Essa sensação que nos causa dor continua totalmente irritante, a sensação do frio, esse tão odiado frio que me deixa transparecer diante dele.

O maldito frio que te fez morrer aqui em meus braços, fazendo-me derramar em lagrimas que já não se retiram, pois meus olhos já estão totalmente pesado com a dor de te ver.

Mas por favor, leve-me contigo, tire-me desse sofrimento que sei que irei morrer também, levai-me por favor, quero sentir mais uma vez o calor, mas a morte nos trata tão friamente que já não suporto as dores agudas encravadas na minha alma.

Vamos me mate, deixe-me ir com ela para bem longe, deixe-me mais uma vez acender a chama que nos aquece, para que salve a vida dela...

Sim, deixe-me leva-la para bem longe, confesso que eu a amo, sempre estive ao seu lado, mas ela morreu sem ao menos ouvir eu dizer que a amo, pois sou um covarde que nunca tive coragem, sempre me escondendo nas sombras, no frio, sendo esse frio que a matou...

Então deixe a ir, diga a ela, ó morte cruel, diga que eu sempre amei ela até no ultimo segundo que tive ao seu lado...

Adeus... e que o frio inescrupuloso me consuma até que eu sinta a maior dor que já tive e quando essa dor sumir eu saberei que morri, e assim sofrerei para todo o sempre, agonizando no calor pelo fato de não ter dito meus reais sentimentos por você minha amada...


Por mais que tentamos esconder os sentimentos, sempre sabemos que um dia eles voltam, e quando voltarem você terá a maior dor que jamais viu, a dor da decepção. 

Antofer Athon Leorne.



  

domingo, 3 de julho de 2011

Meu Eterno Criador.

As pétalas caem, o sorriso se fecha e as lagrimas escorrem...
Mas o tempo passa e a ferida cura, essa ferida deixada pela sua perda descomunal, que é terrível superar e deixar de me agonizar...

Dores vão e vem, mas os gritos por ti não se calam, tua imagem não me deixa, teus atos não se esquecem...

Então algo que consigo explicar pela tua perda, é que mesmo quando ainda sinto a sua ausência, penso que a sua alma ainda cerca e domina esse mundo irreal, levando-me a tal resposta que sempre quis que soubesse...

A resposta de que mesmo estejamos ausentes entre corpo e alma, ainda podemos ter uma correlação entre ambos, e por mais que as sombras me cerquem e as luz te acobertem, posso tentar acender a chama que ilumina a nossa alma...

A chama do conforto, chama essa que é dada com valor quando experimentarmos da sublime morte que nos acompanha...


Mesmo pela tua ausência carnal em minha vida, digo que estamos conectados alem do corpo e alma...

Obrigado meu pai... mesmo pela tua ausência, agradeço pela vida que me destes.

*  06-01-1930.           †  09-05-2011.

A carne sempre morre, mas a alma sempre usufrui dos desejos da morte...


Antofer Athon Feorne.

Ausente de Você.




Te espero ao relento das madrugadas pelo teu perfume, pelas tuas palavras dizendo o que sente por mim, baixinho no meu ouvido... cochichando e dizendo o quanto me ama, o quanto me quer, levo-me ao sublime grito noturno pedindo a sua presença ao meu lado... porque a falta mesmo sendo pouca ainda espero teu sorriso corespondido para mim, e sentir que o que mais quero é estar com você...


Antofer Athon Leorne.



Plumas Caídas.



Abro minhas asas novamente, pensando em voar além do horizonte, seguindo para o mais longe... 


Mas não consigo, tento resplandecer novamente, mas a escuridão me privou do retorno...


Peço a ti meu senhor, dai-me a luz novamente... 


Dai-me o arbítrio de poder partir para o desconhecido, seguindo minha própria morte, pois a carne já não me sacia os desejos gloriosos, o desejo da paz, a tão sonhada paz que perdemos quando caímos em pleno pecado...


Pecado esse que nunca me deixa acertar... e sim errar e não cair no mesmo erro...


Talvez apenas esse erro irá me levar ao meu sofrimento...


Mas, mesmo por todo esse abandono, ainda confio em ti, em tua misericórdia, pois fui teimoso em querer ser o que não fui, mas confio em ti que serás recompensado pelos meus atos...


Pois provamos do que fazemos e nunca ganhamos o que não merecemos, o maior premio que existe, que cada um é capaz de alcançar, a possível capacidade de se alto perdoar...


  

Pois nem a carne dura eternamente e algum dia irei ao teu encontro, ó meu Senhor...


Antofer Athon Leorne.

sábado, 2 de julho de 2011

Erro...



Tentei escrever pra você com todas as cores, tentei lhe dizer o quanto sentia tua falta...
Tua ausência era dolorosa, me machucava e me isolava, contava os segundos pra te ver...
Assim os dias passam, a convivência muda e o coração esfria, mas a relação continua, penso então...
Penso pelo fato de tentar entende a barreira criada pela maldita convivência que não me deixa amar, que não posso entender o porque de tanta mesmice, mas posso ver, posso tentar não te perder.

Os dias passam, me esqueço de você, e assim chega a tão odiada separação...
- por quê? 

Por que o amor é assim?
Será que os felizes para sempre nunca existiu?
Talvez não, mas tentar sermos felizes é mais que capacidade, é obrigação de todo ser que experimenta do amor...

Posso não ter sido o homem perfeito, não ter aproveitado o que realmente queria aproveitar, talvez a imperfeição nos faz cada vez humanos, seres pecadores que erram e aprendem com o próprio erro...
Sabe,eu tentei te conquistar no passado, mas fracassei no presente, e te garanto que te amarei eternamente no futuro...

Escrevi, pensei e sonhei nas diversas possibilidades de te ter de volta, mas quando percebi, você partiu, foi e me deixou... mas eu só queria teu amor...

Caio em lagrimas, abandono meus desejos, entrego-me ao desespero de te perder...

As horas passam, e decido ir atras de você.

Preciso te dizer o quanto ainda te quero, o quanto tu me faz falta...

Acho-te ali alegre e dando o sorriso que sempre admirava horas e horas ao seu lado, olhando a chuva cair e o sol desfazer toda aquela tempestade...

Aproximo de você, mas percebo que uma lagrima escorre de seu rosto, percebo que te fiz sofrer...

 -Olá?
-Oi
-Quero te dizer uma coisa...
-O que?
- Eu te amo.
-Obrigada...

Sinto então, o seu beijo acordar-me para a realidade novamente...
E dizer que, por mais que te fiz sofrer, sei que ainda posso te amar, e aprendi com mais um erro que cometo...

O erro de poder te perder pra sempre...

Fim

Antofer Athon Leorne.

Mistura da Existência...




O preto sem o branco não existe...

como poderia se dizer preto sem primeiro conhecer o branco??

como pode existir o mal se não existir o bem??

talvez tudo depende de como devemos seguir, talvez o mal em si não seja mal e sim a ausência de um coração que lhe foi tirado...


Antofer Athon Leorne.

Donzela Vermelha.



Corra, corra, corra para o longe, entre no meu bosque da solidão, caminhe entre as sombras das árvores vigilantes para que eu não a veja, ache meu fruto envenenado e o coma até que a dor aguda atinja tua alma e morra. Mas cuidado... Pois entre as feras posso te dizer que nem mesmo a mais bela criatura és resplandecente entre este bosque, então venha para mim, caminhe pelo cheiro de meu sangue, linda e pequena criança assustadora, venha e pergunte quem sou e de onde venho. Tenha cuidado, pois tenho a boca e te mordo, tenho garras e te machuco, tenho olhos que te desejam... Mas não te assuste minha bela... 

Da-te-me a dor que te persegue, mostra tua pele bela e limpa para que a admire por longos tempos. E assim revelo-me quem sou e o que quero, pois a fera que habita em mim, há de habitar em você algum dia, e deixo o luxo de ter a sua alma poupada, pois nem eu há de te ferir tal bela criatura e lembre-se que eu sou teu e sempre te amarei minha bela...

Antofer Athon Leorne.



Imperceptível...


Ao ver, percebi que nas mais claras e sublimes alegrias em que tenho, são presas pelos meus reais pensamentos, tornando-me a mais pura ilusão onde a luz me modela, quebrando as mais frias barreiras que teu gelo gera entre nós, por que me fizestes isto? Espera que me machuque com esse teu modo de ser? Responda-me quem tu és? Diga-me o timbre de teus gritos, fale-me que sou tua mais pura essência escondida em tuas veias, responderei tua pergunta, teu modo de pensar, direi que tu me amas... Lembra-te de mim, pois a mim virás e a ti ireis.

Antofer Athon Leorne.



Desejo Incondicional...



Dou-te o que sinto, para que veja o quanto te amei nessa vida...
Tiro meus próprios sentimentos, para que perceba que não sinto mais nada por você...
Segure os espinho que te dou!! pois eles penetram profundo na sua alma...
Morra e me deixe em paz, pois apenas quero entregar essas flores incolores para ti...

Por que rejeitas minhas flores envenenadas?
Não quer sentir a dor aguda da alma?
Não quer poder morrer?

Responda-me fraca e insolente Morte que não deseja partir!
Se queres minha alma, tende a morrer primeiro...
Ó meu tão sonhado desejo, diga a ela que ainda não irei, fale que sempre lhe odiei incondicionalmente, por não saber morrer...
Se não sabes viver, agonize entre as torturas e lagrimas humanas, por me tirar o maior desejo que te peço, o desejo da morte...
E ainda continuarei vivo, pois tu não morrerás e ainda ficarei preso na ilusão posta pela vida...
Rindo eternamente de tua própria desgraça...

Porque a pior dor, é a dor de não poder morrer...


Antofer Athon Leorne.