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sábado, 9 de julho de 2011

Angustia.







Na calada noturna, deleito-me neste teu corpo delicado e gelado, sentindo o desespero de poder te perder, experimentando da mais angustiante paz que poderia conquistar, revelando-me entre o abismo escuro e sem fim que não me deixa se ausentar.

Olho para o relógio esperando a meia-noite chegar, para finalmente poder me deliciar nesse seu corpo morto que me chama para os desejos inescrupulosos da carne, cegando-me com esse seu sangue delicioso e envenenado, com toda a angustia carregada por ti...

Dá-me esse seu sangue, esse maldito sangue envenenado que me atrai e hipnotiza por horas ao seu lado, deixe-me bebe-lo para que entale na minha garganta e eu sinta a pertubação constante nas minhas veias, impregnando todo o sofrimento nessa carne fraca que é a minha. 

Cochichando em poucas palavras que se calam no passar dos minutos, consumindo-me rapidamente nesse teu delicioso néctar abominável e inquietante, desejado por todos os vampiros ausentes de sentimentos, querendo apenas uma gota sua, para que sinta o maior arrependimento que fizeram, abrir mão da própria alma, dando para o tenebroso senhor das trevas, que nesse momento se delicia alimentando de todo seu conhecimento carnal... 

Depois da experiencia, veio a pratica, que no ultimo minuto falo pra mim mesmo, que a dor não existe preço, pois o delicioso sabor de teu sangue me fez sentir único, paralisando-me assim eternamente, deixando a alma se perder durante a ilusão insaciável que a realidade nos oferece, glorificando o maior desejo que sempre tive por você, de poder morrer ao seu lado, usufruindo dos prazeres por um corpo sem alma... 

Antofer Athon Leorne.

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