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sábado, 2 de julho de 2011

Donzela Vermelha.



Corra, corra, corra para o longe, entre no meu bosque da solidão, caminhe entre as sombras das árvores vigilantes para que eu não a veja, ache meu fruto envenenado e o coma até que a dor aguda atinja tua alma e morra. Mas cuidado... Pois entre as feras posso te dizer que nem mesmo a mais bela criatura és resplandecente entre este bosque, então venha para mim, caminhe pelo cheiro de meu sangue, linda e pequena criança assustadora, venha e pergunte quem sou e de onde venho. Tenha cuidado, pois tenho a boca e te mordo, tenho garras e te machuco, tenho olhos que te desejam... Mas não te assuste minha bela... 

Da-te-me a dor que te persegue, mostra tua pele bela e limpa para que a admire por longos tempos. E assim revelo-me quem sou e o que quero, pois a fera que habita em mim, há de habitar em você algum dia, e deixo o luxo de ter a sua alma poupada, pois nem eu há de te ferir tal bela criatura e lembre-se que eu sou teu e sempre te amarei minha bela...

Antofer Athon Leorne.



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