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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Frio.

Estava eu ali, pensando em você.

Me pergunto como pode suportar tanta dor?

Como será que suporta esse vazio, essa sensação terrível que assombra e não nos deixa...
Este branco quase transparente, que não consigo ver, esse sentimento pesado que não retiro de mim mesmo porque ele congelou.

Essa sensação que nos causa dor continua totalmente irritante, a sensação do frio, esse tão odiado frio que me deixa transparecer diante dele.

O maldito frio que te fez morrer aqui em meus braços, fazendo-me derramar em lagrimas que já não se retiram, pois meus olhos já estão totalmente pesado com a dor de te ver.

Mas por favor, leve-me contigo, tire-me desse sofrimento que sei que irei morrer também, levai-me por favor, quero sentir mais uma vez o calor, mas a morte nos trata tão friamente que já não suporto as dores agudas encravadas na minha alma.

Vamos me mate, deixe-me ir com ela para bem longe, deixe-me mais uma vez acender a chama que nos aquece, para que salve a vida dela...

Sim, deixe-me leva-la para bem longe, confesso que eu a amo, sempre estive ao seu lado, mas ela morreu sem ao menos ouvir eu dizer que a amo, pois sou um covarde que nunca tive coragem, sempre me escondendo nas sombras, no frio, sendo esse frio que a matou...

Então deixe a ir, diga a ela, ó morte cruel, diga que eu sempre amei ela até no ultimo segundo que tive ao seu lado...

Adeus... e que o frio inescrupuloso me consuma até que eu sinta a maior dor que já tive e quando essa dor sumir eu saberei que morri, e assim sofrerei para todo o sempre, agonizando no calor pelo fato de não ter dito meus reais sentimentos por você minha amada...


Por mais que tentamos esconder os sentimentos, sempre sabemos que um dia eles voltam, e quando voltarem você terá a maior dor que jamais viu, a dor da decepção. 

Antofer Athon Leorne.



  

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